Perguntas que muitos fazem continuam sem resposta clara: são os populismos perigosos ou mesmo letais para a democracia? Como enfrentá-los e assegurar uma vida democrática sã, admitindo que não o é se dominada ou condicionada por partidos, movimentos, líderes ou agendas populistas? Não obstante a ausência de respostas perentórias e irrefutáveis, parece poder afirmar-se que o populismo, em doses controladas, é um sub-produto da própria vida democrática e da democracia partidária. Todavia, se praticado em doses elevadas, seja ocasional ou reiteradamente pelos partidos mainstream, seja por partidos políticos antisistema, o populismo contém germes que contribuem para a diminuição da qualidade da democracia e pode ter efeitos perniciosos na vida coletiva. No presente volume analisa-se a situação de vários Países e regiões onde pontificam relevantes partidos, movimentos e personalidades populistas e testam-se algumas tentativas de resposta para estas interrogações.