As Cantigas do Oco do Mundo são uma retomada sincera da poesia cearense identificada e alicerçada no ideário de uma nova forma de se viver, de uma nova sociedade. Por isso, devem ser lidas e até celebradas e embaladas feito o nascimento de um rubento, porque vieram à luz festejar as nossas lutas e saciar a nossa fome de arte e de solidariedade. Seu teor e de dispensa adjetivos ou discursos, no que tange à qualidade e à necessidade, pois é melhor do que suco da alma desse poeta, Elias de França, que nasceu e cresceu embrenhado nos sertões crateuenses, até cair no oco do mundo. Temos, pois, nestes versos sinuosos, que entortam a retidão linguística, a expressão do imaginátio dessas gentes dos rincões que invadem as cidades, provando de suas fascinações e medos, em incursões entre cantigas, ocos e mundos, terra-a-fora.